Valdemar Borlido Guimarães

Qual o melhor método de poupança?

18.04.2024
Qual o melhor método de poupança?

Saiba como fazer render o dinheiro das suas poupanças ao longo da sua vida: desde a entrada no mercado de trabalho até à reforma.

 

Em cada fase da vida deve escolher diferentes tipos de aplicações que se adequam ao seu perfil de risco e ao destino que pretende dar às suas poupanças. Para fazer render o dinheiro que conseguimos amealhar, através das poupanças, ao longo da vida é importante apostar numa estratégia para fazer render o dinheiro em cada idade. Antes de avaliar como aplicar as poupanças, é importante saber qual a melhor forma de as obter. Primeiro deve avaliar que parte do seu salário consegue deixar de lado depois de pagar todas as despesas.

Os especialistas aconselham a poupar um valor entre 10% a 20% da sua remuneração mensal. Não invista com risco o dinheiro que vai precisar. Fuja das aplicações que oferecem retornos muito elevados e não invista num produto ou ativo que não conheça. Para o ajudar a atingir este objetivo, as instituições financeiras têm vários produtos que o podem ajudar a poupar e a fazer render o dinheiro.

O prazo do seu investimento deve ser o mais alargado possível. Investir em ativos de risco, com o objetivo de ganhar dinheiro rápido, habitualmente dá mau resultado. Não invista diretamente, entregar a gestão das suas poupanças a profissionais como os especialistas de crédito e finanças da MAXFINANCE, que o poderão ajudar a selecionar as melhores ações e acompanhar os resultados dos seus investimentos. 

 

TIPOS DE PLANOS POUPANÇA

 

Existem três tipos de planos de poupança:

  • os planos de poupança-reforma (PPR), associados a um fundo de poupança-reforma;
  • os planos de poupança-educação (PPE), associados a um fundo de poupança-educação;
  • os planos de poupança-reforma/educação (PPR/E), associados a um fundo de poupança-reforma/educação.

 

Por sua vez, os fundos de poupança podem assumir a forma de:

  • fundos de pensões;
  • fundos autónomos de uma modalidade de seguro do ramo Vida;
  • fundos de investimento mobiliários.

 

ATÉ AOS 30 ANOS

O hábito de poupar parte do salário e colocar o dinheiro a render deve ser adotado logo no início da carreira. Habitualmente, é a altura da vida em que as despesas regulares são mais baixas e os objetivos mais ambiciosos. Mesmo que com quantias reduzidas, quanto mais cedo começar, maior será o seu rendimento potencial. É também a altura de apostar numa poupança progressiva, sobretudo se pretende investir numa lógica de longo prazo. As ações são dos ativos mais voláteis, e por isso dos mais arriscados, mas os dados históricos mostram que uma carteira de ações diversificada, num período longo de tempo, apresenta habitualmente uma rentabilidade positiva.

Ajustado ao seu perfil de risco, existem várias hipóteses de investimento com exposição a ações. Os fundos de investimento são sempre a melhor opção, pois deixa a estratégia para os profissionais, ficando a seu cargo a escolha da categoria que mais se adequa ao seu objetivo. Existem muitas opções, com diferentes tipos de risco, mas sempre com exposição a ações, que lhe aumentam a hipótese de obter retornos mais elevados. O horizonte temporal dos fundos com maior risco não deverá ser inferior a 5 anos.

 

DOS 30 AOS 45 ANOS

É a altura da vida em que as despesas regulares aumentam, mas os rendimentos também tendem a ser mais elevados. Modere os riscos, mas não seja conservador. Pode poupar para educação dos filhos, para mudar de casa e começar já a pensar em poupar para a reforma. Se a sua estratégia de fazer render o dinheiro visa o longo prazo, ainda está na idade de assumir riscos para procurar retornos acima do aumento do custo de vida. Tem várias opções à disposição e uma boa decisão poderá passar por aplicar em vários fundos, de modo a equilibrar o risco, consoante os seus objetivos. Se tem um filho pequeno e quer definir uma poupança para quando for para a universidade, mobilize uma pequena parcela da poupança, mas coloque num fundo de risco alto. A probabilidade de conseguir uma rentabilidade favorável é elevada, embora deva ter sempre em mente que todos os investimentos de risco não têm capital garantido, qualquer que seja o horizonte temporal.

Para fazer face a imprevistos, é sempre importante que deixe uma parte das suas poupanças num fundo de emergência que deve estar numa aplicação sem risco (ou muito reduzido) e que possa ser rapidamente mobilizada. Este conselho é adequado a qualquer idade, mas nesta faixa etária é importante ter esta questão em atenção quando escolhe como vai aplicar as suas poupanças. Deve apostar em fundos multi-ativos, que garantem um investimento diversificado e são desenhados à medida do nível de risco pretendido. Investir em fundos imobiliários é uma outra opção atrativa para aplicar as suas poupanças e diversificar a sua carteira. 

 

DOS 45 AOS 60 ANOS

A poupança para a reforma deve ser feita assim que se começa a carreira, mesmo que com pequenas quantias. Mas depois dos 45 anos, deve pensar no assunto a sério e escolher uma opção de investimento que lhe possibilite um nível de vida mais confortável. Ainda vai a tempo de escolher uma opção com algum risco, mas deve ser algo conservador para reduzir a probabilidade de perder dinheiro. Existem vários fundos poupança reforma, divididos por quatro categorias e que variam consoante o risco associado. A diversificação das aplicações pelos fundos com diferentes níveis de risco volta a ser recomendada.

 

MAIS DE 60 ANOS

Se tem mais de 60 anos, já não é a altura de correr riscos. O objetivo deve passar por garantir que o dinheiro que amealhou não perde poder de compra. Se cumpriu a regra de poupar 15% do salário e definiu uma boa estratégia de aplicação das poupanças, tem garantida uma vida tranquila ao nível financeiro. Os fundos de obrigações são uma ótima solução, investindo direta ou indiretamente pelo menos dois terços da carteira em obrigações e outros ativos representativos de dívida, sem exposição ao mercado acionista. Não garantem capital, mas o risco é reduzido, tal como o retorno potencial.

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