Valdemar Borlido Guimarães

Qual a importância de ter um fundo de emergência?

01.03.2024
Qual a importância de ter um fundo de emergência?

Os especialistas em finanças recomendam ter um fundo de emergência, para fazer face a despesas inesperadas que possam ter um impacto direto no orçamento familiar.

 

Num contexto de incerteza económica, reforçar hábitos de poupança é mais do que nunca uma prioridade. Ter uma rede de segurança financeira para fazer face a situações que não tem como prever, pode ser um fator decisivo para manter as suas finanças pessoais equilibradas. A criação de um fundo de emergência pessoal permite-nos acautelar imprevistos financeiros.  Mas gerir ganhos e controlar despesas não chega para otimizar o orçamento mensal. 

Para garantir a sua estabilidade financeira e evitar o endividamento, é importante criar um reforço financeiro para fazer face a imprevistos. São vários os cenários em que ter um fundo de emergência se revela precioso, como uma situação de desemprego, uma doença, a necessidade de mudança de casa ou de realizar obras na sua habitação, uma avaria no carro, entre outras. Idealmente, deverá ter uma reserva financeira para ajudar a minimizar o impacto desta despesa imprevista no orçamento familiar. 

 

COMO CRIAR UM FUNDO DE EMERGÊNCIA

Para fazer um fundo de emergência deve começar por estabelecer uma meta de poupança. Ou seja, deve definir logo à partida quanto guardar no fundo de emergência. Os especialistas em finanças pessoais aconselham que tenha o suficiente para suportar despesas correntes durante seis meses. 

Definida a meta, sugerimos que comece por prever, no seu orçamento familiar, uma margem de poupança que pode, por exemplo, corresponder a 10% do seu vencimento, que pode ser reforçado em parte com o reembolso do IRS ou os subsídios de férias e de Natal. Na sua gestão orçamental pode tornar esta poupança automática e encará-la como a primeira despesa do mês.

Para obter esta margem há que cortar despesas desnecessárias, renegociar condições de seguros e de contratos de crédito, ponderar a consolidação de créditos, ou procurar fornecedores de bens e serviços com preços mais competitivos são alternativas a considerar.

 

MOTIVOS PARA APOSTAR NUM FUNDO DE EMERGÊNCIA

Imprevistos financeiros

Criar um plano B e ser prudente, reservando uma quantia extra que permita assumir gastos urgentes, sem prejudicar o orçamento familiar é aconselhável. Recomenda-se que reavalie as suas despesas e identifique onde pode poupar, para canalizar esse valor para a criação de uma reserva financeira.

 

Otimização do orçamento familiar

Fazer a gestão das finanças pessoais é um desafio exigente. É fundamental ter uma boa organização das finanças e saber fazer uma redefinição de prioridades e de metas financeiras é fundamental. É necessário saber onde pode poupar e assumir o controlo do seu dinheiro, dominando com precisão os gastos e ganhos para ter as suas finanças equilibradas. 

 

Criação de rotinas de poupança

Se estiver verdadeiramente comprometido com a constituição de um fundo de emergência, deve fazer uma mudança de hábitos e adotar comportamentos distintos para concretizar um plano de poupança. É importante identificar estratégias que permitam alcançar as metas financeiras projetadas. Para uma boa gestão orçamental é essencial acompanhar o orçamento com regularidade e fazer um ajuste das necessidades ao esforço de poupança.

 

Evitar o endividamento

É importante ter o mindset direcionado para a poupança. A organização orçamental deve evitar o recurso ao crédito. Ter uma reserva financeira permite não só fazer face às despesas imprevistas, como por consequência, o endividamento e o pagamento de juros elevados de empréstimos.

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